A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) e o Instituto Jogo Legal (IJL) divulgaram ontem, 26, nota em resposta ao manifesto das entidades do varejo e da indústria em relação às apostas esportivas.
Tanto a ANJL quanto o IJL reafirmaram o compromisso com o mercado de apostas seguro, regulamentado e transparente, e reforçaram a “colaboração e o diálogo construtivo com as autoridades públicas”, principalmente com o Governo Federal, e com os demais setores da economia e com a sociedade brasileira.
As entidades destacaram, ainda, que os desafios que estão sendo enfrentados no setor das apostas “deve-se à ausência de regulação por mais de cinco anos”, permitindo que diversas plataformas irresponsáveis se estabelecessem no país.
A ANJL e o IJL enxergam a regulamentação como um fator fundamental para proteger usuários e evitar impactos negativos à sociedade: “A regulamentação deve criar um ambiente estável e harmônico entre o setor de aposta de quota fixa com os demais setores da economia brasileira, englobando, obviamente, os setores do varejo e do consumo”.
Além disso, ambas as entidades demonstraram-se favoráveis à proibição de divulgação de apostas como forma de investimento. A ANJL e o IJL defenderam uma comunicação responsável, transparente e focada na educação, deixando claro que essa indústria é entretenimento e não fonte de renda.
No comunicado oficial, a ANJL e o IJL também comentaram a proibição do uso de cartões de crédito para apostar, afirmando que consideram a medida positiva e reconhecem que ela ajudará a minimizar os riscos de endividamento e de compulsão, principalmente entre apostadores mais jovens e vulneráveis.
“O Brasil está prestes a ter uma regulamentação robusta e responsável, que estará entre as melhores do mundo, de forma a coibir práticas abusivas e a garantir que as apostas e os jogos on-line se desenvolvam de maneira sustentável e em benefício de toda a sociedade”, afirmaram.
As entidades reforçaram que “o setor está comprometido com campanhas de conscientização e com o desenvolvimento de ferramentas de proteção aos consumidores”.
A ANJL e o IJL manifestaram-se contra qualquer tipo de publicidade ou de incentivo ao endividamento ou ao jogo irresponsável, que induz ao comportamento compulsivo.
E, para finalizar, as entidades destacaram, novamente, estarem à disposição para dialogar e para colaborar com todas as partes interessadas da indústria de apostas, focando na construção de um mercado seguro e regulamentado e garantindo proteção aos usuários e combate a práticas nocivas.
“A ANJL e o IJL propõem a realização de reunião intersetorial, inclusive com outras entidades representativas do mercado de apostas e aquelas que representam o varejo e o setor de serviços, diante das autoridades públicas, para endereçar as preocupações e, de forma dialogada, propor medidas concretas para o sucesso da regulamentação no país”, concluíram.
IBJR comenta importância da regulamentação das apostas
Ontem, 26, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), publicou nota no LinkedIn para reforçar o compromisso da entidade com a transparência, a responsabilidade e a conformidade regulatória do mercado de apostas no Brasil.
Segundo o IBJR, todos os membros do Instituto – cerca de 70% do mercado brasileiro de apostas – submeteram formalmente os pedidos de autorização para operar no país. Isso demonstra “o total alinhamento com as exigências legais e o firme propósito de operar dentro de um ambiente devidamente regulamentado”, destacou o IBJR.
O IBJR também destacou que, apesar desse método representar, aproximadamente, 0,5% dos depósitos realizados pelos usuários, a medida tem como objetivo minimizar riscos financeiros e “reforçar uma experiência mais responsável e protegida”.
Para o IBJR, a regulamentação é a melhor opção para enfrentar os desafios desse mercado, garantindo a proteção dos apostadores e do Estado.
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Fonte: SBC Notícias